ONDE ESTÁ O FIM DA DESTRUIÇÃO?

por João Marcos Bezerra – jmarcoscb@gmail.com

Acredito que a maioria das pessoas está acompanhando, pelo menos superficialmente, o que acontece no Espírito Santo por conta da greve da Polícia Militar. Muitos já escreveram e gravaram vídeos falando sobre o assunto. Outros expõem todos os dias suas observações e indignações pelas redes sociais. Então, eu serei mais um na multidão a falar sobre o assunto e a expressar o meu ponto de vista e análise.
Sinceramente o que mais me chama a atenção em tudo o que acontece não é a atitude dos policiais em pararem, direta ou indiretamente, suas atividades e nem a falta de atitude do governo. Não quero aqui entrar na questão de quem está certo ou errado. O que realmente tem me incomodado nisso é o comportamento da população. Abordarei um dos pontos neste texto.
Desde o sábado os policiais militares não saem dos quarteis. Até esse dia tudo aconteceu dentro da sua máxima “normalidade”, com alguns furtos, roubos de carros e outros crimes comuns no cotidiano. O que não deveria ser, mas é. Todavia, quando perceberam que não havia patrulhamente a “ordem e progresso” da nossa bandeira nacional foi “queimada” e a desordem foi generalizada e a sociedade, de forma geral, regrediu moral e eticamente.
Os crimes comuns aumentaram absurdamente. Houve arrastões em bares, restaurantes, lanchonetes e shoppings. Para completar, uma série de arrombamentos e saques a lojas e supermercados ocorreram assustadoramente. Isto tudo, sem falar na quantidade recorde de homicídios que rolaram nesses dias de terror. Com isso, a população se “prendeu” em casa esperando que ali fosse um local seguro.
Como falei anteriormente, isso tudo “rolou” porque houve uma “regressão” generalizada. Na verdade, não acredito que houve regressão (só queria mesmo fazer uma relação com o slogan da nossa bandeira), porque, “na cara dura”, acredito que as pessoas revelaram o seu real mau caráter. Nisto, valeu o ditado “a oportunidade faz o ladrão”, mostrando, bem próximo a nós, a crise moral e ética em que vivemos.
Muitas pessoas, que não tinham ficha criminal, que não haviam cometido crime algum na vida, passaram a participar de furtos, roubos, assassinatos e saques influenciados por alguém, direta ou indiretamente. Alguns que foram entrevistados disseram que nunca tinham pensado em saquear algo, mas, quando viram aquela “ruma” de gente entrando na loja, aproveitaram para roubar também. Por isso, tornaram-se também criminosos.
Diante disto, lembrei-me do sábio Salomão que, em Provérbios 1.10-16, fez a seguinte recomendação:

Meu filho, se os maus tentarem seduzi-lo, não ceda! Se disserem: Venha conosco; fiquemos de tocaia para matar alguém, vamos divertir-nos armando emboscada contra quem de nada suspeita! Vamos engoli-los vivos, como a sepultura engole os mortos; vamos destruí-los inteiros, como são destruídos os que descem à cova; acharemos todo tipo de objetos valiosos e encheremos as nossas casas com o que roubamos; junte-se ao nosso bando; dividiremos em partes iguais tudo o que conseguirmos! Meu filho, não vá pela vereda dessa gente! Afaste os pés do caminho que eles seguem, pois os pés deles correm para fazer o mal, estão sempre prontos para derramar sangue. (NVI)

Vixi! É coincidência o que está nos versos e o que aconteceu esses dias? Essas pessoas deram ouvidos aos maus e não à sabedoria, revelando a maldade e a corrupção que havia nelas. Essas mesmas pessoas não perceberam e não percebem “que fazem tocaia contra a própria vida”, que “quem assim procede se destrói” (vs.18,19). Neste momento acham que tiraram vantagem dos “otários”, que foram espertos, mas não sabem que armaram “emboscadas contra elas mesmas” (v.18).
Só que o problema não é somente com a PM, governo e os criminosos e esses oportunistas. O problema é com todos nós, homens e mulheres, policiais ou não, políticos ou não, criminosos ou não. “Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus.” (Romanos 3.10,11). Todos nós somos responsáveis por toda a mazela social em que vivemos.
Buscamos os próprios interesses. Não sabemos ou não queremos dialogar e entrar em acordo. Aproveitamos as oportunidades para “se dar bem em cima dos outros”. Somos corruptos, injustos, gananciosos, depravados, invejosos, imorais, caluniadores, arrogantes, desleais e insensatos. Somos tão ruins quanto todos os outros porque sabemos que devemos fazer o bem e não fazemos (Tiago 4.17). Com isso, estamos condenados a morte também (Romanos 6.23).
Então, não adianta a nós “cidadãos de bem” condenarmos qualquer parte envolvida nesta crise porque nós mesmos somos causadores do mal social. Nós mesmos somos a causa do que declínio moral e ético. Daí, precisamos buscar uma solução para acabar com a destruição em que estamos causando e vivendo. Não quero ser profeta do caos e, sim, anunciar que existe uma solução!
O fim dessa destruição toda em que vivemos hoje e da nossa condenação à morte está somente numa única pessoa, JESUS CRISTO (João 3.16; Romanos 6.23). Isso mesmo! A solução é uma pessoa, JESUS! Precisamos entregar e confiar a nossa vida a Ele. Necessitamos viver igual a Jesus (Gálatas 2.20), temer a Deus e guardar os seus mandamentos (Eclesiastes 12.13). Sem isso, não haverá o fim da destruição física, moral e ética em que vivemos.
Com isso, se quisermos mudar o curso da atual crise e de outras que virão, é necessário que cada um mude hoje (Agora mesmo! “NOW!”), reconheça que somente em Jesus há solução e que sem Ele não é possível mudar de vida; confesse a Jesus como Senhor da sua vida, creia em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos e deixe Cristo fazer de você uma nova pessoa. Aí encontrará a solução e o fim da destruição. Amém!
 
 

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