BUSCANDO EQUILÍBRIO NA VIDA ESPIRITUAL I

Por João Marcos Bezerra

Luta Interior
Texto Base: Rm 7:15-25

Antes de falar sobre equilíbrio na vida, é preciso saber o significado, o sentido da palavra Equilíbrio. A mesma é sinônima de harmonia, que significa: disposição bem ordenada entre as partes de um todo; concórdia.
Então, o que quer dizer equilíbrio na vida espiritual? Ter uma disposição bem ordenada, ou concordância, das coisas que dizem respeito ao espírito e a carne.
O ser está dividido em corpo, alma e espírito. O corpo é a matéria “carnal”. A alma é a razão, o intelecto consciente e a vontade. O espírito é a parte mais profunda do ser, sendo a ligação do homem com o Espírito Santo de Deus (I Co 15.44 / Hb 4.12).
Em I Co 15.44 observa-se: “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual”, representando a existência de um corpo natural e um corpo espiritual. O primeiro adaptado, estimulado, produzido para a vida neste mundo; enquanto, o segundo, para a vida celestial. Com isso, olhando para as duas vidas, os dois mundos a serem vividos em momentos diferentes, reconhece-se a dificuldade que existe entre equilibrar a vida neste mundo e a vida que diz respeito às coisas do Senhor.
Em Rm 7.7-25, é lido o testemunho de Paulo em relação a sua luta interior, exemplificando a vida de todo homem. Mas, é nos versos 15-23 que se vê bem essa luta.
Quando vem a lembrança à criação do homem, observa-se que Deus criou o homem de forma sobrenatural e perfeita, “a sua imagem e semelhança” (Gn 1.26,27), até o momento que o homem desobedece ao Senhor e conheceu o pecado (Gn 3). Foi a partir daí que no caráter humano passou a existir a transgressão aos preceitos do Criador.
Então, todo aquele que conhecia a Deus, os mandamentos Dele, o bem que existia e o pecado, passou a combater o bem contra o mal no seu interior. Porque mesmo sem conhecer o pecado, o instinto humano demonstra algumas características ruins, observe o comportamento de crianças: não gostam de dividir os seus pais, brinquedos e outras coisas; são agressivas algumas vezes; querem as coisas a seu tempo.

“O que quero fazer eu não faço, e que faço não é o que quero fazer.” (Rm 7.19).

Devido a este fato, o homem passou a buscar maneiras de acabar com esse confronto, entre eles: vícios, riquezas, religião, relacionamentos, entre outros. Tudo isso tentando satisfazer as próprias necessidades.
Todos sabem que tudo o que é feito por conta própria, buscando a solução no próprio ser, como ensinam os livros de auto-ajuda, não são suficientes para trazer a paz na guerra interior humana.
Em Rm 7.24,25a NVI, encontra-se: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor!”, o pedido de socorro de Paulo, que é o de qualquer homem. E é nesse momento que é dado a conhecer quem é que pode livrar: Jesus Cristo, o filho do Deus Altíssimo.
Porém, é necessário saber como seremos libertos pela Sua mão:
1) Reconhecer que somos pecadores (Rm 3.23);
2) Reconhecer que Cristo ressuscitou e é o único caminho para Deus (I Co 15.3,4 / Jo 14.6);
3) Receber a Cristo como redentor e fazer parte da família de Deus (Jo 1.12,13);
4) Conhecer a verdade (Jo 8.31,32,36);
5) Receber o ensinamento, a manifestação, do Espírito (I Co 12.7).
Aprendendo todos esses pontos, não é devido esquecer o que diz Ef 2.8,9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” e Os 6.6: “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”. Entende-se, então, que a Salvação, o livramento da luta entre o mal e o bem em nosso interior, não vem pelo próprio esforço humano, mas pela graça, a misericórdia de Deus e a entrega e reconhecimento que é Ele que “efetua em nós tanto o querer como o realizar” (Fl 2.13).
Com isso, deve ser reconhecido que o primeiro passo para alcançar o Equilíbrio na Vida Espiritual deve ser: receber o senhorio de Jesus em nosso ser e o conhecimento Dele.

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