PORQUE FALAR DE PAZ
4º TEXTO DA SÉRIE O “EVANGELHO” DE PAULO –
ROMANOS
PORQUE FALAR DE PAZ
por João Marcos Bezerra – jmarcoscb@gmail.com
PORQUE FALAR DE PAZ
por João Marcos Bezerra – jmarcoscb@gmail.com
Texto
base: Romanos 5.1,2
Tendo sido, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por
meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos
firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Rm 5.1,2 NVI)
Por que sempre falamos de
paz? Porque o mundo precisa disso. Estamos cheios de conflitos e violência. Mas
é importante refletir no que é paz? Muitos responderiam: é o mundo sem guerras;
é harmonia entre as pessoas, sem conflitos entre elas; é a sensação de
segurança, prosperidade, felicidade etc.. Estas respostas estão corretíssimas
porque a palavra grega usada no texto bíblico original (eirene) significa tudo isso e ainda mais: “o caminho que leva à paz
(salvação); o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua salvação
através de Cristo; o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois
da morte”[1].
Além da falta de conflitos, a existência de harmonia entre as pessoas e da
sensação de segurança etc., paz significa a certeza da salvação, que após a
morte iremos para o céu.
A mensagem deste texto de
Romanos apresenta que a paz é fruto da justiça de Deus (“justificados pela fé,
temos paz com Deus” – v.1). Precisamos lembrar que os primeiros capítulos deste
livro de Paulo aponta que o homem está completamente corrompido e depravado;
que Deus entregou a humanidade aos desejos do coração, à imundícia, às paixões
vergonhosas e a um sentimento pervertido (Rm 1.24,26,28 AEC). Isto porque mesmo
conhecendo ao Senhor preferiram glorificar outra coisa e não a Ele.
Desde a queda do homem,
relatada em Gênesis 3, a humanidade foi sentenciada a morte e a viver sem
comunhão com Deus, sem o estado tranquilo de paz, sem acesso a salvação. Esta
sentença é consequência da justiça divina. Então, como é possível esta mesma
justiça ter a paz como fruto? Porque ela tem dois aspectos distintos: um
punitivo e outro redentor. Este é que concede aos homens a graça que torna
àquele que crer num justo. Enquanto que aquele condena o injusto à morte.
Ainda em Rm 5.1 lemos que esta
paz vem somente por meio de Jesus Cristo: “temos paz com Deus por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo”. Isso significa que “quando éramos inimigos de Deus fomos
reconciliados com ele mediante a morte do seu Filho” (v.10a). Antes de Cristo
era necessário o sacrifício de animais para reconciliar o homem com Deus, mas
isso era de curta validade e tinha que ser repetido frequentemente. Com a morte
de Jesus isto mudou porque Ele foi o sacrifício perfeito, pois não havia
pecado, e definitivo (Hb 9.11-14).
Em Rm 5.1,2 aprendemos que a
fé é o fator essencial para obtermos acesso a graça da justificação, que nos dá
paz com Deus. Sem a fé não temos acesso a graça divina e muito menos a esta paz
com o Senhor. A paz só é algo possível quando a encontramos em Deus e por meio
da fé no sacrifício de Cristo. É impossível alcançar ou encontrar esta
conciliação sem que haja convicção nesta verdade. Então, é necessário ser salvo
para ter paz com o Pai. Para ser salvo é necessário crer no sacrifício de
Cristo e tê-lo como Senhor e Salvador. Para crer precisa ter fé.
Sem Deus tudo
que pareça ser um estado de tranquilidade, sem guerras e conflitos será falso e
inútil.
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