JESUS, UM MERO PROFETO OU UM AVATAR?
Baseado
no Estudo 1 – “Quem é Jesus”, da Apostila Doutrinária compilada por Wéllington
Nunes de Trindade
por
João Marcos Bezerra
Jesus é um
personagem histórico importante que divide a história humana em antes e depois
dele. Várias religiões e crenças o veem por perspectivas diferentes, a exemplo
do Islamismo que o considera um mensageiro de Deus importante para a fé
mulçumana, mas sendo um humano mortal. No sincretismo das religiões africanas
com o catolicismo no Brasil associam Jesus a Oxalá, a maior de todas as
entidades espirituais. A Fé Bahá’í considera Jesus uma manifestação de Deus e o
Filho de Deus, mas interpretam a ressurreição e os milagres de Jesus como
simbologia. Alguns hinduístas tem Jesus como um avatar, uma manifestação
corporal de um ser imortal ou até mesmo do Ser Supremo; além de ver Jesus como
reencarnação de Eliseu e aluno de João Batista, reencarnação de Elias. Já os
espíritas o veem como um modelo humano de perfeição. A Teosofia, o conjunto de
doutrinas místicas, inclusive da Nova Era, refere-se a Jesus como Mestre e
acredita que Cristo, depois de várias reencarnações, ocupou o corpo de Jesus,
semelhantemente a alguns Gnósticos que defendem que o Jesus humano recebeu o
divino. Para encerrar as várias perspectivas de Jesus, existem alguns que o
consideram como o líder de um movimento apocalíptico, um curandeiro
carismático, um sábio e filósofo, um reformista igualitário ou um excelente
mestre de moral. (Wikipédia)
Diante das
perspectivas religiosas e filosóficas, quem é Jesus para você? Você alguma vez
já parou para pensar ou analisar a pessoa de Jesus? Qual das opiniões acerca
Dele você acredita? Você o considera realmente Deus e o Salvador da humanidade?
Se você é um cristão, conhece a quem segue? Estas são perguntas importantes
para a fé, mas o que pretendemos responder é o que a Bíblia diz sobre Jesus.
Isso, porque as Escrituras Sagradas são o manual de norma, fé e prática de
todos os cristãos, independentemente se é católico ou protestante, reformado ou
não.
A primeira
referência a Jesus na Bíblia está em Gn 3.15 quando, diante da queda do homem
no Jardim do Éden, Deus promete que O descendente da mulher ferirá a cabeça da
serpente. Ainda no Antigo Testamento, o profeta Isaías, mais de setecentos anos
antes do nascimento de Cristo, profetizou a vinda do Messias. Os capítulos 6 e
53 trazem algumas características deste onde podemos ver a relação com Jesus de
Nazaré: expia dos nossos pecados (6.7), sem beleza, triste e sofrido,
desprezado, homem de dores e ovelha muda (53.2,3,4,7).
O nome Jesus
vem do grego Iesous e é oriundo do
hebraico Yeshua, conhecido como Josué
no Antigo Testamento. Neemias também é uma variante hebraica. O significado é
“o Senhor é a Salvação”. Por isso, o anjo do Senhor quando anunciou o
nascimento de Jesus a José e Maria disse que o Messias salvaria o seu povo dos
seus pecados (Jesus) e deveria ser chamado de “Emanuel”, Deus conosco. Já o
termo Cristo vem do grego e está relacionada à palavra hebraica Mashiah (Messias) que significa ungido. A
designação “Filho de Davi era um título messiânico muito popular na época”
(TRINDADE).
O apóstolo
João dá testemunho do Nazareno em João
20.30,31: “Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros
sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram
escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo,
tenham vida em seu nome.”. Em Gálatas
4.4,5 o apóstolo Paulo aponta qual o objetivo da vinda do Messias: “Mas,
quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que
recebêssemos a adoção de filhos.”. Com isso, logo de cara, aprendemos que Jesus
é o Filho de Deus, crendo Nele teremos vida em seu nome, seremos redimidos para
receber a adoção de filhos e podemos reconhecer que a sua vinda foi o evento
mais importante da história humana. Que maravilha!
Nos
Evangelhos, principalmente em João, podemos aprender várias designações para
Jesus, dentre elas: luz verdadeira e luz do mundo (1.9; 8.12), Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo (1.29), a Palavra (Logos) de Deus (1.14), Salvador do mundo (4.42), Pão da vida (6.35),
enviado do Pai (17.25), porta para salvação (10.9). Sem faltar o caminho, a
verdade, a vida e único acesso ao Pai que está no capítulo 14, verso 06.
Além de saber
os nomes de Cristo, quem era e qual o Seu objetivo de vida, é importante conhecer
também a mensagem Dele para nós. Todos os cansados e sobrecarregados que vão a
Ele serão aliviados (Mt 11.28). Cristo não é só a fonte de água viva, é a
própria água da viva que sacia a quem tem sede (Jo 7.37). Ele também é a
verdade que liberta, por isso devemos conhecê-lo (Jo 8.32) e também a Sua
Palavra. Daí, também percebemos que a vinda do único filho de Deus, em
sacrifício pela humanidade, foi a maior demonstração de amor do Pai por nós (Jo
3.16) porque Ele não só se sacrificou para salvar o mundo do pecado, mas deu a
oportunidade do homem conviver com Ele e ver a glória do único Filho de Deus,
cheio de graça e de verdade (Jo 1.14).
O sacrifício
de Cristo na cruz foi necessário para que nosso pecado caísse sobre Ele (Is
53.6), lembrando que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23) e
ele foi dado em troca dos nossos pecados, para nossa justificação (4.25), ou
seja, com a justificação nos tornarmos justos diante do Justo Juiz. A sentença
que tínhamos antes da crucificação de Jesus era a morte, pois “o salário do
pecado é a morte” (6.23). Por isso, o nosso Senhor foi o último sacrifício
necessário pela expiação dos pecados e permitiu que fossemos conduzidos a Deus
de uma vez por todas (1Pe 3.18).
É de extrema
importância lembrar que aquele que não crer em Jesus como seu Salvador pessoal
e o Senhor de sua vida está condenado a morte (Rm 6.23). Para ser poupado disso
é necessário crer no Senhor Jesus (At 16.31) e se converter a Deus com
arrependimento e fé em Cristo para receber a este em seu coração.
Agora, os
imorais, idólatras, adúlteros, homossexuais passivos ou ativos, ladrões,
avarentos, alcoólatras, caluniadores e trapaceiros não herdarão o Reino de Deus
de jeito nenhum (1Co 6.9,10). Só tem um detalhe: todos nós já fomos um destes um
dia. A diferença hoje está no fato de que mudamos o nosso caminho quando fomos
lavados, santificados e justificados no nome do Senhor Jesus e no Espírito
Santo (v.11). Então, nunca devemos esquecer de que Cristo pode fazer o milagre
da conversão na vida de qualquer pessoa porque um dia esse milagre aconteceu
conosco e não somos melhores do que ninguém por isso. Foi pela graça de Deus
que a salvação chegou até nós (Ef 2.8,9).
Para concluir,
não deve fugir a nossa mente que Cristo, embora sendo Deus, não se apegou a
isso, esvaziou-se a si mesmo e se tornou servo semelhante aos homens, foi
obediente até a morte de cruz. Com isso, Deus o exaltou à mais alta posição
para que todo joelho se dobre ao nome de Jesus e confesse que Ele é o Senhor,
para a glória de Deus Pai (Fp 2.5-11). Assim como, também não deve ser
esquecido que somente os que creem no nome de Cristo são filhos de Deus (Jo
1.11-12); que todos os nossos pecados podem e são perdoados mediante confissão
(1Jo 1.9) e foram apagados completamente, não restando condenação para os que
estão em Cristo e andam segundo o Espírito Santo (Rm 8.1); e que é possível
passar da morte para a vida eterna ouvindo a Palavra de Deus e crendo Nele que
enviou a Jesus (Jo 5.24). Daí, ao crer no Filho, ouvimos a voz do Pai, somos
conhecidos por Ele e o seguimos, ganhamos a vida eterna e nada pode tirar isso
de nós (Jo 10.27,28). Amém!
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