BÍBLIA, UM AMONTOADO DE LENDAS
Baseado
nas lições 15 e 16 da Revista Jovens – O Livro Escrito por Deus da Editora
Cristã Evangélica
por
João Marcos Bezerra
Você concorda com o título
deste texto? O que você pensa sobre o assunto? Já ouviu alguém próximo falar
isso ou apenas de estudiosos ateus ou de outros ateus menos eruditos que estão
na mídia? É certo que isto é uma fala comum atualmente, mas nós fomos alertados
pelo apóstolo Paulo e não devemos ficar surpresos e sim firmes na fé que temos
e prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquemos onde está
nossa esperança (1Pe 3.15).
O apóstolo escreveu a
segunda carta ao jovem pastor Timóteo entre 64 e 67d.C., últimos anos de Paulo,
no intuito de alertar o jovem sobre a apostasia, abandono da fé, que ocorreria
no final dos tempos, e pede ao pastor em Éfeso que se mantivesse firme e
cumprisse a missão a ele confiada. Deus também pede isso aos seus servos hoje
nas palavras de Paulo em 2Tm 4.2-5:
Pregue a
palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte
com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios
desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à
verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte
os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu
ministério.
Para isto, o cristão deve se
tornar um pregador da Palavra, da sã doutrina, lembrando que ela é
indispensável, relevante, paciente e eficiente (v.2). Ela produz
arrependimento, fé e vida eterna (Jo 3.36; Lc 24.44-49); proclama quem é o Rei
dos reis (Ap 19.16); revela a Deus (Jo 1.18). fora isso, em 2Tm 3.16,17 diz: “Toda
a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e
plenamente preparado para toda boa obra”. De uma forma geral, devemos pregar a
Palavra porque ela é útil e transforma quem a ouve (Is 55.10,11).
Todavia, assim como naquele
tempo, existem hoje alguns perigos à sã doutrina, dentro e fora da igreja.
Dentro, alguns pregadores não tem firmeza na Palavra e, tanto eles quanto seus
ouvintes, são inconstantes na fé (Tg 1.23,24); não possuem compromisso com o
Corpo de Cristo (Hb 10.25); são arrogantes e acham que Deus é o seu “gênio da
lâmpada” para atender os seus desejos (Jo 9.31); são como sanguessugas insaciáveis
e não valorizam o que tem (Pv 30.15,16); recusam-se a dar ouvidos a verdade
(2Tm 4.4) e seguem seu próprio caminho, baseado em fábulas.
Já fora da igreja temos
outro perigo que está nos mestres que pregam o que as pessoas querem ouvir, ou
seja, que coçam os ouvidos de quem tem coceiras (2Tm 4.3). Os ouvintes decidem
primeiro o que querem ouvir, em vez de ouvirem e aprender com o que ouviram, e
os pregadores de fábulas se encaixam perfeitamente nisto. Baseado nos perigos
internos e externos à igreja, podemos concluir que o perigo é um só porque os
proclamadores de mitos estão entrando no corpo e a falta de conhecimento tem
feito o povo de Deus se afastar da verdade e cair (Os 4.6).
Com isso, como igreja do
Senhor, que ama a verdade, devemos primeiro ser bons ouvintes (Tg 1.19),
prestigiando e valorizando a pregação da Palavra (At 2.42), aplicando-se ao
aprendizado das Escrituras (Sl 119.97-103) e vivendo o que aprender (Tg 1.22).
Fora disso, devemos nos portar como pregadores da verdade, lembrando quem é o
nosso Senhor (2Tm 4.1,2), proclamando a Palavra (2Tm 4.2) e suportando as
provas do ministério (2Tm 4.5).
Mesmo que o mundo esteja se
distanciando de Deus, ache a Bíblia um amontoado de lendas, e muitos irmãos abandonando a fé, nós devemos sempre
lembrar que a Palavra de Deus permanece para sempre, ou seja, não muda, e que
nós somos suas testemunhas. Por isso, devemos nos apresentar diante de Deus
aprovados, como obreiro que não se envergonha e maneja e compartilha a palavra
da verdade (2Tm 2.15). Que Deus trabalhe em nós para permanecermos firmes até o fim.
Amém!
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