SEXO “LIVRE”
Por João Marcos Bezerra
Texto Base: 1Co 6.9-20
Vocês não sabem que os perversos não
herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras,
nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos,
nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. (vs.9,10
NVI)
Ao
ler as cartas do apóstolo Paulo à igreja de Corinto e a história desta cidade,
percebo que os coríntios eram uma sociedade idólatra, ostentosa da sua economia
e riqueza e cheia de pessoas que tiravam vantagem de outras, farristas,
fofoqueiros e viciados em
sexo. Também percebo que esta sociedade é bem contemporânea.
Retrato fiel da nossa comunidade globalizada. Os deuses são o dinheiro, o poder
e o próprio eu. As pessoas ostentam o que é seu por direito e pelo que tiram em
vantagem sobre outrem; além de falar da vida alheia. Há festas regadas a
bebidas e sexo todos os dias da semana e em vários lugares diferentes. O prazer
dar as cartas numa sociedade hedonista!
Paulo
neste texto base adverte a igreja corintiana que isso não pertencia mais a
conduta deles. Foram santificados e justificados no nome do Senhor Jesus Cristo
e no Espírito de Deus (v.11). Todas as práticas perversas devem ser abandonadas
pelos que se dizem servos de Deus, inclusive o sexo hedonista e fora do
casamento. “Fujam da imoralidade sexual” (v.18). Confesso a vocês que o sexo é
muito prazeroso, muito bom e ainda é criação divina para o homem e a mulher, mas também pode ser uma grande armadilha fora do casamento.
Antes
de detalhar essas armadilhas, quero frisar o verso 19: “Acaso não sabem que o
corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês…?”. O nosso
corpo é templo do Senhor e a concepção de que nós temos o direito sobre ele não
condiz com esta realidade. O Senhor é quem vive em nós (Gl 2.20), então ele é
responsável por toda a reforma em nosso caráter e personalidade. E é nossa
responsabilidade manter o corpo saudável para que o Templo funcione de forma
adequada. Então, não podemos fazer o que bem der na telha com ele.
Devemos
manter uma alimentação saudável, atividade física regular, cuidar para não
fazer marcas desnecessárias (cuidado com os exageros de piercings e tatuagens),
usar roupas compostas e adequadas (nada que somente o seu cônjuge merece ver
deve ser mostrado aos outros) e não se envolver sexualmente com alguém que não
seja seu marido (para as mulheres) e sua esposa (para os homens). Outro
lembrete é: você que se diz serva de Jesus não é dona do seu corpo para
escolher fazer um aborto numa gravidez indesejada. Isto é comparado a
sacrificar seu filho a Moloque, deus amonita e também um demônio (Lv 18.21).
Por isso, antes de fazer qualquer coisa com o seu corpo, lembre-se que a Deus
ele pertence.
Então
vamos lá! A relação sexual é uma dádiva divina que liga o homem e a mulher um
ao outro espiritualmente, tornando-os uma só carne (v.16, Gn 2.24 e Ec 4.12). Quando
você pratica este ato com alguém com quem não vai passar o resto de sua vida, ou
seja, casar-se, correrá alguns riscos, entre eles:
1.
Cria
um laço afetivo, espiritual e emocional, muito forte que pode colocar em risco
os relacionamentos futuros. O casal fica ligado um ao outro de forma
involuntária. Muitas vezes a comparação com aquela vez ou aquela pessoa é
frequente. No fim de um relacionamento a dor da separação é bem maior. Se
atualmente não se consegue manter casamentos para o resto da vida, imagine
namoros, noivados ou ficadas. Pensando em outro fica mais difícil;
2.
A
pessoa que mantém vários parceiros sexuais durante a sua caminhada afetiva até
o casamento ou durante toda a vida se assemelha a uma prostituta. Temos o
entendimento de que prostituição é o ato de se vender para proporcionar prazer
a alguém. Não é só isso, também representa aquele que tem uma vida desregrada,
desmoralizada, de exposição pública, de corrupção, desonra e traição. E este é
o sentido bíblico da palavra e desta prática;
3.
Expõe
o praticante a situações desagradáveis: gravidez indesejada e DSTs. O melhor
meio contraceptivo e de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis é se
guardar para o sexo com um único parceiro. E o casamento é a melhor garantia, apesar do risco existente de quando um dos parceiros quebra o voto e adultera;
4.
Transforma
o namoro num refém do sexo. O namoro é necessário para se conhecer uma outra
pessoa e saber se ela está dentro das expectativas para uma vida a dois. Com a
inclusão do ato sexual, devido ao grande prazer proporcionado e ao sentimento
hedonista dominante no ser humano, este ato se torna predominante nos encontros
e acaba com a possibilidade de um conhecimento mútuo mais amplo através do bate
papo.
Com
essas armadilhas e com o apoio bíblico, mais uma vez recomendo que o ato
sexual, sexo, coito ou qualquer outro nome para isso seja guardado para a
pessoa certa - marido (para mulheres) ou esposa (para homens), e para o momento certo - casamento. Não permita
que alguém tire a sua pureza e saia da sua vida levando algo tão precioso para
você e para Deus. Diga não ao sexo antes do casamento! Se você já o fez, ore e
peça perdão ao Senhor e para Ele quebrar todos os laços feitos com os
ex-parceiros (as) e mantenha-se puro até o casamento daqui por diante. Se eu e muitos
conseguimos, apesar de muita luta e batalha, você também consegue. Deus abençoe!
Comentários