CADMIEL: UMA HISTÓRIA SEM FIM
Por João Marcos Bezerra
jmarcoscb@gmail.com
“Todo ser que respira louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!” (Sl 150.6)
Em meados de 1998 um garoto chamado Daniel Luz resolveu reunir alguns amigos na Pizzaria Varandão, no Conjunto Ceará, em Fortaleza. Você imagina para quê? Formar uma banda evangélica. Foi um encontro bem engraçado, apesar do objetivo ser sério, mas tinha que ser assim numa reunião com caras palhaços. E o mais hilário era que dos componentes, nenhum era “músico” experiente ou desenrolado. A não ser o Alessandro que já tocava violão a um bom tempo, mas que passaria para o baixo – instrumento que não lhe era familiar.
O grupo se formou em torno de uma rodada de pizza, conversas, piadas, presepadas e uma oração ao final, nascendo aí o Agnus Dei. Este nome foi mudado, antes do primeiro ensaio, porque era muito utilizado no meio católico, para Éfeso, que era ainda mais usado como nome de grupos musicais no meio evangélico.
Após diversas conversações, pesquisas na Bíblia e em dicionários bíblicos, encontrou-se o nome Cadmiel. É o quê?! (Cadmiel foi um importante levita que viveu na época da reconstrução do templo e dos muros de Jerusalém no período do domínio Persa. O significado do seu nome é Deus Eterno.)
O grupo inicialmente foi formado por Daniel (vocalista), Haniel (guitarrista), Alessandro (baixista), André (baterista) e João Marcos (tecladista, também autor desse histórico). Ah! Não posso deixar de falar do nosso apoiador e piadista, Jorge – irmão do Daniel, que também estava na primeira reunião. Pouco depois entrou o Ítalo no vocal. E bem depois o Cristiano (vocal e posteriormente bateria também) e o Anderson (bateria), que substituiu o André.
Infelizmente, não contamos com a participação do Daniel, pois sofreu um sério acidente de bicicleta e ficou impossibilitado de cantar conosco. Entretanto, o Ítalo e o Cristiano tomaram conta das vozes com responsabilidade.
Na nossa longa jornada de um ano e meio (hehehe), tivemos experiências bem marcantes. Lembro de alguns “hits” tocados, como: “Acredita” – Novo Som (Ei, não fique assim, solidão não vai trazer a solução pro seu sofrer…), “Drogas” – Catedral (Drogas de só querer usar mais drogas. A tanta coisa pra fazer…) e “Amor de Deus” – Fruto Sagrado (Ouvia falar do Teu nome, mas demorei pra perceber que você não é aquele papo careta de religião…).
Outra recordação que tenho foi a nossa participação num festival na Igreja Batista do Araturi, onde ficamos em segundo lugar – o detalhe é que só participaram dois grupos: o Cadmiel e o Grupo Petrus (do Getsêmani, Márcio e Samuel). Também participamos de cultos nas igrejas batistas do Potira e Ebénezer. Mas, o evento em que tocamos para mais pessoas foi o Louvor e Arte (se é esse nome mesmo, não lembro) da Igreja Batista de Monte Castelo, mas estava tão nervoso que não lembro nem as músicas que tocamos naquela noite.
Entretanto, a nossa base de apoio era a Igreja Batista El Shadai, onde éramos membros e onde também ministrávamos o louvor com certa frequência. Nesta amada igreja foi onde começamos, mostramos primeiro as músicas aprendidas e a nossa primeira e única composição – Meu Salvador (de minha autoria) e onde também celebramos o nosso culto de gratidão pelo primeiro ano da banda. Pouco após este culto, saí do grupo para tocar nas bandas Cades e Zur, levando depois o Ítalo para cantar nesta última.
Atualmente, mesmo que o grupo tenha acabado, a sua história não tem fim, pois me recordo do aprendizado, dos amigos e do princípio do meu chamado. Foi a partir daí que o Senhor foi moldando o meu coração para aquilo que esperava que eu fizesse: frutificar. Outros grupos por onde passei, Cades e Zur, também tiveram grande importância na minha formação ministerial, mas foi no Cadmiel onde comecei de verdade, com grandes amigos que colaboram comigo até hoje.
Os frutos deste grupo estão na PIB de Natal, onde atuo como líder do Ministério da Juventude, na Assembleia de Deus do Henrique Jorge e no Makaryos, onde o Ítalo é usado por Deus no louvor, e na IB El Shadai, onde Cristiano lidera também a juventude e junto com o Alessandro formam o ministério de louvor. Infelizmente, não tenho mais notícias do André, do Anderson, do Daniel e do Haniel, mas alguns desses se afastaram do caminho do Senhor.
Por fim, encerro dizendo que em 1998, o que começou como uma brincadeira “séria” foi na verdade o começo do agir do Senhor para moldar o nosso caráter, digo isso com toda propriedade, para servi-lo como “obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 2.15).
Cadmiel é uma história sem fim, pois até hoje marca quem nos conhece. Isso porque somos servos do Senhor prontos para ouvir e agir no propósito divino. Ô Glória!
Deus abençoe geral!
Comentários
A titulo de informação estou bem viu, rsrsrsrsrsrrs
:p
E sempre com o Sr. Jesus.
:D
Eu e meu esposo Wilson kennedi estamos pensando em colocar esse nome: Kadmiel no nosso primeiro bebê que logo, logo vai nascer.❤
Meu esposo é músico, e eu tenho algo especial por esse nome a anos, antes mesmo de conhecê-lo.. não sei, é algo do céu, acredito!
Deus abençoe!
(Pesquisando td sobre o nome e amei saber que tem haver com louvor, adoração a Deus).