NEEMIAS: O INÍCIO DA EMPREITADA

Por João Marcos Bezerra

jmarcoscb@gmail.com

Texto Base: Ne 2.11-20

No estudo anterior vimos a reação de interesse, lamento e choro de Neemias, assim como a ação de oração e planejamento. E aprendemos que devemos nos compadecer das circunstâncias dos nossos irmãos, interceder por eles e nos colocarmos na brecha no intuito de ajudá-los.

Neemias não só lamentou, chorou e orou, mas ele pediu a Deus a solução para a crise em Jerusalém através de si mesmo e do próprio rei persa. Além disso, enquanto esperava a resposta, ele planejou todos os passos necessários: o tempo da viagem, os locais de possível oposição à caravana e os materiais para a obra. Como conseqüência, obteve sucesso para iniciar a jornada.

O Copeiro tinha um objetivo ousado: reconstruir a cidade do Templo do Senhor. E sabemos que este objetivo não agradava aos inimigos de Judá. Assim como atualmente, quando ousamos fazer a obra de Deus e Satanás se opõe ao nosso envolvimento na empreitada divina, com Neemias não foi diferente. Simplesmente Sambalate (horonita), Tobias (amonita) e Gesém (arábio) se levantaram contrários a reconstrução. Porém, a oposição não surtiu grande efeito.

Quando a caravana chega a cidade, Neemias, antes de divulgar o seu objetivo ao povo, sai para conhecer o ambiente e encontra destruição, escombros e ruínas (2.12-15). Com isso, além da oposição, sofreria com as dificuldades de restaurar um local em miséria. Se visualizarmos uma catástrofe atual (2010) seria como reconstruir o Haiti com as pilhas de escombros, cadáveres, sujeiras e pessoas famintas e desesperadas. Com a diferença que esta nação tem apoio das Nações Unidas.

Porém, o Senhor pusera no coração do Empreiteiro um projeto audacioso, reconstruir Jerusalém. Então, este revela aos líderes do povo qual a intenção da sua viagem:

Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio [desonra]. E lhes declarei como a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra. (2.17,18)

Agora não falta mais nada para começar a execução! O melhor engenheiro (o próprio Deus), um servo fiel e disposto (Neemias), o apoio do rei da Pérsia (Artaxerxes), o fornecedor do material necessário (a floresta real) e a disposição do povo era o que se precisava para executar um projeto como este. Louvado seja Deus! [PS: Ainda havia a oposição, mas esta será tratada no próximo estudo.]

No nosso dia-a-dia também há muitos momentos semelhantes ao do Copeiro, temos um desafio a frente. E para isso o ideal é seguir os mesmos passos do protagonista deste episódio, conforme expresso abaixo:

1. Descobrir a vontade de Deus (vv. 1.4 e 2.18);

2. Realizar um momento de análise da situação e do procedimento operacional (vv. 11-16);

3. Consultar os envolvidos no negócio (vv. 17-18);

4. Tomar uma decisão conjunta (v. 18); e,

5. Principalmente, desprezar a ridicularização opositora (vv. 19-20).

Com isso, estando cercado de oração, planejamento e constância, todos os projetos e sonhos poderão se realizar de forma a manifestar a Glória do Senhor. Mesmo que a empreitada seja difícil, consultemos a Deus, buscando Nele a solução e sabedoria para enfrentá-la. Sabem por quê? Porque não há impossível para Ele.

Vislumbremos o desafio. Reconheçamos as dificuldades. Entreguemos os anseios a Deus. Confiemos Nele. E desfrutemos do resultado grandioso da empreitada, conforme se lê em Ne 6.15-16. É isto que Neemias nos ensina neste momento de início da restauração de Jerusalém e Judá. Por isso, devemos aprender e aplicar em nossas vidas, além de não temer os desafios, pois temos um Deus maior do que eles. Amém!

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